LIBERDADE AQUI!

Um Espaço de Liberdade de Expressão

  • Liberdade Aqui!

  • Facebook

  • Censura nunca mais

  • Presidente Lula e Prof. Leandro

  • TWITTER

Posts Tagged ‘Dilma’

Depois de 20 anos, Brasil voltou a ter política habitacional, diz presidenta Dilma

Posted by Liberdade Aqui! em 30/01/2012

Do Conversa Afiada

Minha Casa: Dilma
espinafra FHC


Saiu no Blog do Planalto:

Depois de 20 anos, Brasil voltou a ter política habitacional, diz presidenta Dilma

Ao lado dos ministros Antonio Patriota e Afonso Florence, e do governador Jaques Wagner, a presidenta Dilma anuncia a construção de moradias populares para a população da Camaçari que vivem em áreas de risco. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (30) que, passados 20 anos, o Brasil voltou a ter uma “uma política real de habitação”. Segundo ela, sem o acesso da população à casa própria, o governo não pode oferecer uma política de distribuição de renda. Na cerimônia de assinatura da ordem de serviço para as obras de urbanização da Bacia de Camaçari (BA), a presidenta anunciou a construção de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida para as famílias que vivem nas áreas de risco.

“Sempre que eu venho entregar ou lançar uma obra do Minha Casa, Minha Vida que tem ligação com qualquer obra de retirada da população de área de risco é um extremo orgulho. Porque eu acredito que nesse país uma das coisas mais importantes que nós mudamos foi a política habitacional. O Brasil passou mais de vinte anos sem ter uma política real de habitação, de garantia da casa própria para a sua população. E isso mostrava justamente a pouca importância que as lideranças políticas e os governos deram a uma questão essencial”, disse a presidenta.

 

 

Segundo a Caixa Econômica, 2.357 famílias que vivem nas áreas de risco ao longo do Rio Camaçari e seus afluentes serão reassentadas nas unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. O investimento será de R$ 112,08 milhões.

As obras de urbanização integrada da Bacia do Rio Camaçari incluem a recuperação e a revitalização ambiental buscando a melhoria da qualidade de vida de 11,6 mil famílias. Serão investidos R$ 163,04 milhões em obras de saneamento, abastecimento de água, macro e microdrenagem, e reurbanização das margens dos rios que compõem a Bacia do Rio Camaçari.

Artigos Relacionados

Alckmin joga o Cerra do jn no ar. E adere ao Minha Casa

(110)

Cerra penetra no enterro de Itamar. E quase fica lá

(198)

Não há hipótese de Lula divergir da Dilma

(68)

Pesquisa prova:
FHC é o veneno que mata o Serra

(138)

Debates começam ao som do PCC. O diploma fica para depois

(89)

Posted in POLÍTICA | Etiquetado: , , , , | Leave a Comment »

Grata surpresa…

Posted by Liberdade Aqui! em 31/08/2011

Via blog do Noblat

POLÍTICA

A Imagem de Dilma

By Romero BrittoEm seu cotidiano, o jornalismo político é forçado a lidar com problemas complicados, dos quais não consegue escapar. Enfrenta, no entanto, dificuldades desnecessárias, que poderia perfeitamente evitar. Nada o obriga, por exemplo, a apresentar a seus consumidores algo que eles, a bem dizer, não esperam.

Salvo as exceções de praxe, leitores, espectadores e ouvintes não pedem conceitos acabados e opiniões definitivas sobre o que acontece no mundo político, seus personagens e instituições. Mas muitos jornalistas, especialmente comentaristas e colunistas, acham que devem tê-las todo dia.

Pode-se ver isso no tratamento que Dilma e seu governo recebem. Mesmo os veículos e os profissionais que levam a sério seu trabalho costumam padecer desse mal, da “conclusão apressada”. O que dizer daqueles que sequer têm compromisso com a realidade.

No início do ano, a necessidade era menor. O governo estava começando e havia uma abundância de notícias a dar sobre a composição do ministério e as medidas que tomava. Predominava um tom informativo.

Nem bem haviam transcorrido os primeiros meses, no entanto, e, em algumas redações, se generalizou a sensação de que já era hora das “interpretações”. Dos 100 dias em diante, a mídia se sentiu no dever de ter um conceito pronto a respeito de Dilma.

Muitos foram propostos. De “grata surpresa” a “decepção”, de “gerente competente” a “teleguiada de Lula”, de “rápida na decisão” a “titubeante”, de “crescentemente autônoma” a “progressivamente mais dependente”. E por aí vai.

Hoje, todos querem proferir sua sentença sobre “o que é o governo”. A cada dia, é publicado um novo julgamento, uma nova definição. É como na música moderna: basta piscar os olhos que aparece o maior grupo de todos os tempos da última semana.

As pessoas não precisam desses pronunciamentos. Conforme mostram as pesquisas, os consumidores do jornalismo político não são desinformados e incapazes de elaborar suas próprias avaliações. Ao contrário. Quem procura nas velhas ou nas novas mídias o comentário e a análise não deseja que alguém lhe dê a conclusão. Quer concluir sozinho.

Quando um governo “mal começou”, mais ainda. Embora, para os profissionais da imprensa, o governo Dilma possa já estar durando uma infinidade de tempo, está nos primórdios para a opinião pública. O que uns acham que é tempo mais que suficiente para julgar, outros consideram que é prazo demasiadamente pequeno.

Essa não é uma característica inusitada do atual governo, fruto de alguma idiossincrasia proveniente de sua história e natureza. Todos costumam ser percebidos dessa maneira quando sequer chegaram ao fim do primeiro ano.

Já vimos fenômenos semelhantes em governadores e prefeitos que não tinham, antes de chegar ao cargo, maior notoriedade. Sem trajetória e biografia conhecidas, sua imagem não estava formada. Tipicamente, são os que se elegeram em função do endosso de alguém querido e respeitado.

A novidade, com Dilma, é que isso está acontecendo, agora, com uma presidente da República. O que não muda o fundamental: para a opinião pública, não está na hora de julgá-la (seja positivamente, para onde parece convergir a vasta maioria da sociedade, ou negativamente).

Será preciso tempo para que as feições definitivas do governo Dilma fiquem claras. Por enquanto, apenas alguns traços estão nítidos, mas não formam, ainda, um retrato consolidado.

Isso não incomoda o país, que sabe esperar, entre outras razões porque sabia que assim seria com ela. Com seu proverbial bom senso, o povo não se sente premido a chegar a qualquer conclusão antes da hora.

Quem não se aguenta e fica pulando de conceito em conceito são os que mais serenidade deveriam ter. O problema é que, de tanto se precipitar, acabam queimando a língua.

 

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Posted in MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , , , | Leave a Comment »

Jornalista da Folha de SP sai de férias preocupada

Posted by Liberdade Aqui! em 21/08/2011

Via Conversa Afiada

O Golpe sai de férias.
Dilma é Lula

 

Saiu no Tijolaço:

Cantanhêde: Cuidado, tucanos, Dilma é Lula!

Hoje, na Folha, antes de dar a maravilhosa notícia de que vai tirar férias até 13 de setembro, a inefável Eliane Cantanhêde nos brinda com uma mensagem que, certamente, poderia receber a assinatura de José Serra, ou mesmo de Nélson Jobim, de quem ela é a mais autorizada psicógrafa.

O título é ótimo e resume toda a essência da visão serro-jobinista da situação: “Tucanos caem como patinhos”.

E aí, com a mesquinhez eleitoreira que marca o pensamento do xiismo tucano, ela discorre sobre o que seria uma maquiavélica manobra da presidenta para, na visão dela, virar “estrela de uma frente pluripartidária contra a corrupção e contra a miséria”.

A Cantanhêde acha – qualquer um pode achar qualquer coisa na democracia – que a presidenta está se pendurando, como papagaio de pirata, na foto com Fernando Henrique, o Amado e Inesquecível, e os campeões de simpatia Geraldo Alckmim e Antonio Anastasia.

“O aparato marqueteiro que Dilma herdou de Lula não dá ponto sem nó: a solenidade do Brasil sem Miséria com o tucanato foi justamente em São Paulo, coração do PSDB e do seu eleitorado.”

Claro, se Dilma não se reúne com o governo paulista e mineiro, é partidária, se o faz, é oportunista. E o que dizer de aparecer na foto com FHC? Com o prestígio transbordante do ex-presidente, uma foto com ele quase chega a ser um problema.

Mas ela lança o alerta dos bolsões serristas: “assim ela vence resistências entre os 40 milhões que votaram na oposição, contra Lula e o lulismo. Por trás do discurso de que o Brasil sai ganhando, a oposição não lucra nada, Dilma fica com tudo”.

Como qualquer pessoa que encare o exercício do poder de forma mesquinha, sem se dar conta que o Presidente ou a Presidenta é chefe de toda a Nação, inclusive daqueles 40 milhões que votaram no “coiso”, esquece daquele papo “republicano” que gostam de invocar quando é para criticar.

Mas Cantanhêde e os espíritos desencarnados que inspiraram seu raciocínio acerta numa coisa, na frase final, definitiva:

“Dilma é Lula”.

É essa a verdade e é isso que tem de ficar claro para a população, em meio a todos estes rapapés da turma que perdeu o único discurso que tinha – o (falso) moralismo – e das fotografias com o Brasil que já era.

Que os tucanos caiam como patinhos, problema deles. Mas não deixemos o povo brasileiro pensar que é verdade algo diferente do que é verdade: “Dilma é Lula”.

Posted in MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , | Leave a Comment »

Dilma: um modelo inédito de governo, por Marcos Coimbra

Posted by Liberdade Aqui! em 20/08/2011

Da Carta Capital

O que há de novo

Marcos Coimbra20 de agosto de 2011

Este é de fato o primeiro governo de continuidade na nossa história moderna. Em geral, sempre tivemos sucessões de ruptures. Por Marcos Coimbra. Foto: Celso Junior/AE

Como toda coisa nova, não é fácil entender o governo Dilma Rousseff. Mais difícil ainda é enxergar para onde está indo.

Ele é novo por três razões principais. Todas são importantes e produzem efeitos significativos em nosso sistema político.

É novo por ser nosso primeiro governo genuinamente de continuidade. Desconsiderando aqueles da República Velha, diferentes demais para comparar com os subsequentes e nos quais tampouco houve algum que se pudesse dizer que era de continuidade nítida, sempre tivemos sucessões de ruptura.

Assim foi de Eurico Gaspar Dutra para Getúlio Vargas, de Café Filho para Juscelino Kubitschek, dele para Jânio Quadros e daí para João Goulart. Até a eleição de Fernando Collor, foram longos anos de anormalidade e improvisações, a maior parte delas discricionárias. Não faria sentido falar em continuidade ao longo desses 30 anos, a não ser do autoritarismo (a rigor, sequer na época dos generais houve sucessões pacíficas).

Leia mais:
A vista da cobertura
Prefeito de Campinas é cassado
A Renúncia de Jânio Quadros, 50 anos atrás
Sócrates segue internado

Dilma é a primeira presidenta eleita para dar continuidade ao governo que a antecedeu. Collor não era isso para José Sarney, Fernando Henrique se sentia maior que Itamar Franco (e era), e Lula e ele haviam sido adversários (quase) a vida inteira. A continuidade propiciada por sua reeleição em 2006, assim como pela de FHC em 1998, é diferente. O que ambos tiveram foram mandatos longos, renovados no meio do caminho.

Em quase 125 anos de vida republicana, estamos vivendo algo que é comum na maior parte dos países democráticos, mas que é inusitado para nós. Ao menos no plano federal, pois nos estados e municípios já tivemos muitos casos de largos períodos de continuidade administrativa e política.

Embora nossos costumes não estranhem situações como os 20 anos de governos peessedebistas em São Paulo, não sabemos o que acontece quando o que está em questão é a Presidência da República, muito mais relevante em termos simbólicos e concretos. Será, por exemplo, que a chamada fadiga de materiais, o desgaste causado pela passagem do tempo, se torna problema mais cedo que no nível estadual?

A segunda novidade está em Dilma não se encaixar no “tipo ideal” de presidente que existe em nossa cultura política. Ela nada tem de extraordinário ou de excepcional, elementos fundamentais na construção das imagens de seus antecessores. Não foi percebida como “salvadora”, predestinada a promover mudanças. Ninguém a viu como “intelectual brilhante”, capaz de derrotar a inflação com golpes de genialidade. Não foi eleita em razão de sua biografia de maior liderança popular de nossa história.

Ela é uma pessoa “normal” (tão normal quanto pode ser alguém que chega aonde ela chegou). Uma boa gestora, atributo quase irrelevante na escolha dos que a antecederam. Uma profissional da administração pública, sem experiência parlamentar e sem muitos anos de convivência com as raposas e os outros animais que habitam o Congresso Nacional.

De novo, esse não é um perfil inédito nos governos estaduais e nas prefeituras, mas é a primeira vez que temos alguém assim no Palácio do Planalto. Nossa cultura está madura o suficiente para não se frustrar à medida que ficar mais claro que Dilma é o que é? Que sua vida não a preparou para tirar coelhos da cartola nos momentos de dificuldade?

A terceira novidade é que Dilma mostra ter menos disposição de considerar natural o que os outros achavam inevitável. Talvez em razão de sua pequena familiaridade com o modo de ser dos políticos, está sendo diferente do que se esperava.

Qual foi a última vez em que um presidente disse, sem papas na língua, que ia fazer “uma faxina” nas burocracias mais famosas por sua aparente blindagem? Quem arregaçou as mangas e trocou ministros e assessores com a mesma rapidez?

É claro que isso provoca surpresas e desconfortos, pois representa uma -ruptura com as regras íntimas de nosso sistema político. Enfim, é “dando que se recebe” que, desde a redemocratização, os governos conseguiram suas frágeis maiorias parlamentares.

Pena que Dilma não esteja recebendo o apoio que merece nesse processo. Seus aliados no Congresso estão assustados, a parte moderna das oposições se cala para não legitimá-la, a grande mídia prefere se omitir. (Alguém duvida que se José Serra tivesse sido eleito e possuísse a coragem de Dilma, fazendo o que ela faz, não estaria sendo endeusado?)

Com suas novidades e diferenças, Dilma tem um nível de aprovação popular superior aos presidentes que vieram antes dela. Está melhor que Lula em momento parecido de seu primeiro governo e bem acima dos outros.

Para reduzir o perigo da obsolescência, Dilma investiu em programas novos, seja na área social, seja na política econômica. Se considerarmos que seus responsáveis já enfrentaram, com sucesso, desafios semelhantes, é razoável acreditar que, até 2014, trarão resultados.

Por mais que exista uma torcida favorável para que o agravamento da crise internacional prejudique o desempenho do governo e crie insatisfações na sociedade, os riscos de que ela mude radicalmente os sentimentos são pequenos.

O calendário vai ajudá-la na preservação de uma base parlamentar adequada a governar, apesar das faxinas em curso (e das novas que, muito provavelmente, virão). É que as eleições municipais, já iniciadas nos bastidores, tornam deputados e senadores, especialmente do chamado “baixo clero”, mais acessíveis aos argumentos do governo federal. Para quem precisa garantir a eleição de aliados nos municípios, nada melhor que contar com sua boa vontade.

O futuro do governo em nada depende do sucesso do PT nas eleições do ano que vem. Para o partido, elas são muito mais importantes que para Dilma.

E 2014? Se Dilma fizer, como tudo indica, um bom governo, ela se torna, automaticamente, candidata à reeleição (pois ninguém acredita que as regras mudarão até lá). E será uma candidata com grandes chances, como é natural em nosso sistema político.

Se isso vai ocorrer ou não, dependerá dela. Como diz Lula, será candidata “se quiser”. (A pergunta é por que ele precisava afirmar uma coisa tão óbvia.)

Marcos Coimbra

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

Posted in ECONOMIA, MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , , | Leave a Comment »

“Para enfrentar a crise, temos que preservar o mercado interno. Não se pode estimular o desânimo no consumo.”

Posted by Liberdade Aqui! em 15/08/2011

DO CONVERSA AFIADA

Dilma e Delfim:
o importante é a classe média

Ansioso blogueiro em frente ao estádio aquático e obras de parque gigantesco, em torno

É preciso voltar ao Brasil para se dar conta de que os Urubólogos dominam a cena do PiG (*) e, por definição, da Oposição, de forma irremediável.

Este ansioso blogueiro esteve em Londres a tempo de acompanhar alguns dos trágicos desdobramentos da violência que ocupou os bairros pobres de Londres, a partir de Tottenham e Hackney e se estendeu a Manchester, Birmingham e outras cidades.

Pela primeira vez, a causa imediata dos distúrbios não foi a discriminação racial – embora seja um dos ingredientes.

Segundo The Guardian – Ah ! Como é bom não ler a Folha (**) ao acordar  ! – os manifestantes são homens entre 18 e 30 anos, de cor da pele diversificada e com duas características comuns.

Saem de lares desestruturados  e não tem emprego.

É a geração do “no future”.

Do “nada a perder”.

Como disse um articulista do Guardian – interessante, mas, os jornais ingleses tem articulistas que merecem ser lidos – não se pode responsabilizar esses jovens por um “desenraizamento”, por não se integrarem à sociedade.

Afinal, diz o articulista, a Inglaterra aprendeu com Margaret Thatcher que custava muito caro manter a “sociedade”, para valer a pena nela incluir todos – inclusive os de “no future”.

Este ansioso blogueiro entrevistou Bill Hanway, o diretor executivo de operações da empresa AECOM de planejamento urbano, que concebeu e construiu o Parque Olímpico para as Olimpíadas de Londres 2012.

O conceito central é usar as Olimpíadas para melhorar os bairros pobres.

Assim, dos 5,6 bilhões de libras que as Olimpíadas custarão, 70% vão para obras de infra-estrutura.

Apesar da crise econômica, Londres é um canteiro de obras do metrô.

Não se recomenda, por exemplo, passear de taxi pelo centro, através da Regent Street.

O trânsito está infernal com as obras do metrô.

Hanway sabe que uma linha de metrô não tira ninguém da miséria.

Nem dá futuro a jovem desesperado.

Mas ajuda.

Assim que acabou a entrevista, ele me pergunta o que acho dos distúrbios na cidade.

Digo meia dúzia de banalidades.

E ele conclui com uma advertência ao Brasil.

Quando as sociedades estão com dinheiro, têm a obrigação de devolver dinheiro ao povo.

Senão, o povo um dia vai para a rua e arrebenta tudo.

Na entrevista que deu à Carta Capital – clique aqui para  ler ” Oposição nao tem quem enfrente a Dilma” – ela diz a certa altura:

“Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que o Brasil, em 2014, tire 16 milhões de cidadãos da miséria. Que a nossa classe média tenha na educação um caminho para manter sua condição e que aqueles que estão um pouquinho acima na pirâmide social … passem para a classe média. Quero consolidar um Brasil de classe média.”

Na página 33 do Globo, neste domingo, Delfim Netto diz que as agências de classificação de risco são todas 171 (do Código Penal).

E conclui, depois de elogiar o Tombini e o Mantega:

“Para enfrentar a crise, temos que preservar o mercado interno. Não se pode estimular o desânimo no consumo.”


Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Posted in ECONOMIA, MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , | Leave a Comment »

“O Brasil vivido pela vasta maioria dos brasileiros não tem quase nada a ver com aquele que aparece nessa imprensa.”

Posted by Liberdade Aqui! em 10/08/2011

Via Tijolaço

Saiu tão escondidinha, tão escodindinha, que a gente nem viiu para comentar aqui. Mas o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi, até por dever de ofício, viu, analisou e publicou hoje, no Correio Brazilienseuma artigo sobre a pesquisa Datafolha e sua divulgação na Folha de S. Paulo, no domingo, daquele jeito “escondidinho, escondidinho”.

O governo e as pesquisas

O Datafolha na Folha de S. Paulo: não dá para ler

Parece que a imprensa gostou do novo tipo de pesquisa que ela própria criou em junho: a pesquisa ignorada. Acaba de sair a segunda rodada, com trabalhos de campo realizados entre 2 e 5 de agosto. O instituto responsável é o mesmo Datafolha e a pesquisa tem muitas similaridades com a outra.

O mais interessante não é que os resultados de ambas sejam, basicamente, idênticos, mostrando que os níveis de aprovação do governo Dilma são elevados. A principal semelhança é a indiferença com que foram tratadas, igual àquela que os veículos dedicam às de origem dúbia, que podem até ser divulgadas, mas sem destaque ou comentário.

Como não é assim que os trabalhos do Datafolha costumam ser avaliados, o silêncio deve ter outra explicação. Talvez tenham sido acolhidos desse modo por não mostrarem aquilo que se achava que deveriam apontar.

É, no fundo, engraçado que um jornal mande fazer uma pesquisa ouvindo quase 5,3 mil pessoas (a um preço nada baixo) e a trate como material de segunda. Na edição em que foi divulgada, a notícia estava na primeira página, mas ocupava espaço igual ao do título que dizia que “Os paraguaios são a nova mão de obra das confecções do Bom Retiro” (o que, na melhor das hipóteses, é de interesse puramente paroquial).

É, também, curioso que um novo investimento tenha sido feito tão pouco tempo depois do anterior. Entre a pesquisa de junho, concluída no dia 10, e a de agosto, passaram-se apenas sete semanas, período bem mais curto que o padrão adotado pelo instituto no acompanhamento dos quatro últimos governos: seja nos de Fernando Henrique, seja nos de Lula, o normal havia sido fazer levantamentos a cada três meses (ou mais).

De acordo com a pesquisa, o governo Dilma é considerado “ótimo” ou “bom” por 48% dos entrevistados, taxa igual à de março (47%) e junho (49%). A presidente bisou o desempenho de Lula em novembro de 2007 (quando foi feito o terceiro levantamento do Datafolha naquele ano), superou o que ele alcançava em agosto de 2003 (que tinha sido de 45%), o de FHC em setembro de 1995 (que fora de 42%) e, de longe, o dele em setembro de 1999 (de apenas 13%, em função da volatilidade da moeda naquele momento), sempre de acordo com o instituto paulista.

Em outras palavras: Dilma está à frente de um governo amplamente aprovado pela população. Somente o consideram “ruim” ou “péssimo” 11% dos eleitores, o que quer dizer que apenas uma em cada 10 pessoas está insatisfeita.

Na imprensa, os poucos que discutiram os números ficaram mais preocupados em desmerecê-los que explicá-los, o que se evidenciou no intenso uso de conjunções e locuções que os gramáticos chamam “subordinativas concessivas” (embora, apesar de, não obstante, etc.), em construções como “apesar da crise, ainda desfruta…”, “mesmo com as demissões (de ministros) mantém…”, “48% aprovam apesar de…”.

Se os cidadãos vissem o governo através dos olhos da chamada “grande imprensa”, não faria, de fato, sentido que o avaliassem de maneira positiva. A rigor, se o Brasil retratado por ela coincidisse com aquele que a população experimenta na sua vida, o que deveríamos ter era uma inversão nas proporções de aprovação/reprovação.

Ao que parece, não é isso que acontece. O Brasil vivido pela vasta maioria dos brasileiros não tem quase nada a ver com aquele que aparece nessa imprensa.

Sempre se pode dizer que o povo é ignorante e que aplaude o governo porque não sabe de nada. Sempre se pode adotar um tom de pretensa superioridade, de quem acha que a popularidade de Dilma (e de Lula) se explica pelos R$ 10 que o cidadão paga de prestação pela torradeira. Sempre se pode achar que os pobres pensam com a barriga e só os bem nascidos com o intelecto.

O certo é que havia uma expectativa de que Dilma caísse nas pesquisas. Maior que a que existia em junho, quando da “crise Palocci”, pois tudo teria piorado: mais “crises”, mais “desgastes”, mais “preocupações”.

A pesquisa foi encomendada para mostrar a queda e, como não a confirmou, foi para a geladeira. O mesmo destino que teve a antecedente e que terão as próximas. Até que saia uma em que ela oscile negativamente. Aí teremos o carnaval que vem sendo postergado.

Posted in MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , | Leave a Comment »

Lula – Dilma: A cegueira da velha mídia que impede de entender a lógica

Posted by Liberdade Aqui! em 24/07/2011

Do Portal Nassif

Para entender a estratégia Lula-Dilma

Enviado por luisnassif, dom, 24/07/2011

Apesar de surpreender a gregos e troianos, a estratégia política de Lula-Dilma Rousseff é relativamente fácil de desvendar.

A primeira peça do jogo é não imaginar Dilma dissociada de Lula. Não existe hipótese para ciumeiras, rompimentos. A diferença de estilo entre ambos não é semente para futuras disputas, mas peça essencial na sua estratégia.

Primeiro, vamos às afinidades políticas e à continuidade de ambos os governos.

  1. Ambos são sociais-democratas. Não se exija perfil revolucionário, nem mesmo estatizante, embora estejam longe de se constituir em neoliberais.
  2. São políticos focados em resultados sociais, como peça central de legitimação política, Dilma dando mais atenção à gestão, Lula à política (mesmo porque tinha Dilma para cuidar da gerência).
  3. Na política econômica, a prioridade absoluta é o controle da inflação. Câmbio, desindustrialização, juros, é resto. E resto é resto. Embora Dilma tenha formação desenvolvimentista, a realpolitik se sobrepôs às demais prioridades. Se a crise internacional piorar, pode criar vulnerabilidades nessa parte da estratégia.
  4. No plano político, a lógica não é do confronto, mas da soma. Dilma aprendeu com Lula a dividir os contrários em dois grupos: os adversários e os inimigos. O primeiro grupo é para ser cativado ou cooptado.

Diferenças periféricas

As diferenças de estilo entre Lula e o Dilma são periféricas, embora importantes na montagem da estratégia política. No plano econômico e ideológico, são governos de continuidade.

Muitos analistas – à direita e à esquerda – tomam a nuvem por Juno, as diferenças periféricas pelas essenciais. E acabam se confundindo na análise do governo Dilma e de sua estratégia política.

Os fatores utilizados pela velha mídia para desgastar Lula (fazendo muito barulho, embora influenciando apenas 5% do eleitorado) são desimportantes e nada tem a ver com as peças centrais de sua política.

No plano político, nos últimos anos  desenterrou fantasmas da guerra fria que se supunham extintos desde os anos 60. Na diplomacia, a questão iraniana. Na política interna, o pesado véu de preconceito contra Lula e o enfrentamento nos últimos anos. As críticas contra as políticas sociais foram devidamente enterradas pelos fatos.

Ao assumir, sem comprometer os pontos centrais de sua política, Dilma definiu um estilo diferente de Lula na forma, embora muito similar no conteúdo – inclusive surpreendendo os que supunham que partiria para um confronto direto com adversários.

Colocou a questão dos direitos humanos como foco da diplomacia, deu atenção a FHC, compareceu ao aniversário da Folha, nos últimos dias convidou jornalistas brasilienses para conversas no Palácio, respondeu rapidamente às denúncias consistentes.

Completa-se assim a estratégia.

Dilma se incumbe do establishment, que rejeita Lula. No plano midiático, blogosfera para ela é como a Telebrás – serve apenas para ajudar a regular a mídia. O mesmo ocorre com movimentos sociais e sindicatos.

Já Lula garante os movimentos populares, o sindicalismo, a blogosfera e a ala esquerda. E estende sua sombra sobre os adversários. Se endurecerem muito com Dilma, entra na briga. Se Dilma não se sair bem no governo, ele volta.

Perto dessa estratégia, a oposição só tem perna de pau: um guru que ensarilhou as armas – FHC -, um político esperto mas sem ideias – Aécio Neves – e um desatinado – José Serra.

Cumprir-se-á o vaticínio do sábio José Sarney, de que a nova oposição sairá das entranhas do governo.

Linhas programáticas

Em relação à continuidade, é importante não confundir algumas linhas de ação que permanecem as mesmas desde o governo Lula – mas que têm dado margem a confusões..

A primeira, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Criou-se a ideia de que, com Lula, a Telebrás assumiria todo o trabalho de levar a banda larga até a última milha (a casa do ccidadão). Nunca foi essa a ideia. A Telebrás foi ressuscitada com o objetivo de levar linhas de transmissão ligando cidades, atendendo provedores independentes, fortalecendo as linhas de transmissão, mas sem a pretensão de atuar no varejo. A possibilidade de atuar no varejo foi acenada apenas para demover as resistências das operadoras em aderir ao plano.

Não significa que seja um bom plano. 300 mb de tráfego por mês a 35 reais é brincadeira. Tem que se aprimorar a negociação. Mas a estratégia de amarrar as teles a compromissos de universalização é correta.

O segundo ponto é a chamada “lei dos meios”. Criou-se a ideia de que o projeto de Franklin Martins imporia limites aos abusos da mídia. A radicalização de Franklin foi muito mais no discurso do que propriamente nas propostas. A não ser a questão limitada da propriedade cruzada, o projeto era muito mais uma defesa dos grupos nacionais contra as grandes corporações internacionais e as teles.

A cegueira da velha mídia a impediu de entender a lógica do plano.

Posted in MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , | Leave a Comment »

Entrevista do Mestre Antonio Candido à Brasil de Fato

Posted by Liberdade Aqui! em 13/07/2011

Via Blog Da Maria Frô

Antonio Candido: “O socialismo é uma doutrina triunfante”

“O socialismo é uma doutrina triunfante”

Por: Joana Tavares, da Redação Brasil de Fato
12/07/ 2011
Aos 93 anos, Antonio Candido explica a sua concepção de socialismo, fala sobre literatura e revela não se interessar por novas obras

Crítico literário, professor, sociólogo, militante. Um adjetivo sozinho não consegue definir a importância de Antonio Candido para o Brasil. Considerado um dos principais intelectuais do país, ele mantém a postura socialista, a cordialidade, a elegância, o senso de humor, o otimismo. Antes de começar nossa entrevista, ele diz que viveu praticamente todo o conturbado século 20. E participou ativamente dele, escrevendo, debatendo, indo a manifestações, ajudando a dar lucidez, clareza e humanidade a toda uma geração de alunos, militantes sociais, leitores e escritores.

Tão bom de prosa como de escrita, ele fala sobre seu método de análise literária, dos livros de que gosta, da sua infância, do começo da sua militância, da televisão, do MST, da sua crença profunda no socialismo como uma doutrina triunfante. “O que se pensa que é a face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele”, afirma.

Brasil de Fato – Nos seus textos é perceptível a intenção de ser entendido. Apesar de muito erudito, sua escrita é simples. Por que esse esforço de ser sempre claro?

Antonio Candido – Acho que a clareza é um respeito pelo próximo, um respeito pelo leitor. Sempre achei, eu e alguns colegas, que, quando se trata de ciências humanas, apesar de serem chamadas de ciências, são ligadas à nossa humanidade, de maneira que não deve haver jargão científico. Posso dizer o que tenho para dizer nas humanidades com a linguagem comum. Já no estudo das ciências humanas eu preconizava isso. Qualquer atividade que não seja estritamente técnica, acho que a clareza é necessária inclusive para pode divulgar a mensagem, a mensagem deixar de ser um privilégio e se tornar um bem comum.

O seu método de análise da literatura parte da cultura para a realidade social e volta para a cultura e para o texto. Como o senhor explicaria esse método?

Uma coisa que sempre me preocupou muito é que os teóricos da literatura dizem: é preciso fazer isso, mas não fazem. Tenho muita influência marxista – não me considero marxista – mas tenho muita influência marxista na minha formação e também muita influência da chamada escola sociológica francesa, que geralmente era formada por socialistas. Parti do seguinte princípio: quero aproveitar meu conhecimento sociológico para ver como isso poderia contribuir para conhecer o íntimo de uma obra literária. No começo eu era um pouco sectário, politizava um pouco demais minha atividade. Depois entrei em contato com um movimento literário norte-americano, a nova crítica, conhecido como new criticism. E aí foi um ovo de colombo: a obra de arte pode depender do que for, da personalidade do autor, da classe social dele, da situação econômica, do momento histórico, mas quando ela é realizada, ela é ela. Ela tem sua própria individualidade. Então a primeira coisa que é preciso fazer é estudar a própria obra. Isso ficou na minha cabeça. Mas eu também não queria abrir mão, dada a minha formação, do social. Importante então é o seguinte: reconhecer que a obra é autônoma, mas que foi formada por coisas que vieram de fora dela, por influências da sociedade, da ideologia do tempo, do autor. Não é dizer: a sociedade é assim, portanto a obra é assim. O importante é: quais são os elementos da realidade social que se transformaram em estrutura estética. Me dediquei muito a isso, tenho um livro chamado “Literatura e sociedade” que analisa isso. Fiz um esforço grande para respeitar a realidade estética da obra e sua ligação com a realidade. Há certas obras em que não faz sentido pesquisar o vínculo social porque ela é pura estrutura verbal. Há outras em que o social é tão presente – como “O cortiço” [de Aluísio Azevedo] – que é impossível analisar a obra sem a carga social. Depois de mais maduro minha conclusão foi muito óbvia: o crítico tem que proceder conforme a natureza de cada obra que ele analisa. Há obras que pedem um método psicológico, eu uso; outras pedem estudo do vocabulário, a classe social do autor; uso. Talvez eu seja aquilo que os marxistas xingam muito que é ser eclético. Talvez eu seja um pouco eclético, confesso. Isso me permite tratar de um número muito variado de obras.

Teria um tipo de abordagem estética que seria melhor?

Não privilegio. Já privilegiei. Primeiro o social, cheguei a privilegiar mesmo o político. Quando eu era um jovem crítico eu queria que meus artigos demonstrassem que era um socialista escrevendo com posição crítica frente à sociedade. Depois vi que havia poemas, por exemplo, em que não podia fazer isso. Então passei a outra fase em que passei a priorizar a autonomia da obra, os valores estéticos. Depois vi que depende da obra. Mas tenho muito interesse pelo estudo das obras que permitem uma abordagem ao mesmo tempo interna e externa. A minha fórmula é a seguinte: estou interessado em saber como o externo se transformou em interno, como aquilo que é carne de vaca vira croquete. O croquete não é vaca, mas sem a vaca o croquete não existe. Mas o croquete não tem nada a ver com a vaca, só a carne. Mas o externo se transformou em algo que é interno. Aí tenho que estudar o croquete, dizer de onde ele veio.

O que é mais importante ler na literatura brasileira?

Machado de Assis. Ele é um escritor completo.

Continue lendo »

Posted in CULTURA, LÍNGUAS/ LINGUAGEM, LITERATURA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , , , | Leave a Comment »

O novo Brasil e o governo Dilma

Posted by Liberdade Aqui! em 12/07/2011

Do Conversa Afiada

Como Dilma fará a
transição para o Governo dela

 

O Oráculo de Delfos não é Aristóteles, mas fundou um Liceu, tantos os discípulos e idólatras.

Este ansioso blogueiro se enquadra em qualquer das categorias e teve esta semana o raro prazer de conversar com outros discípulos e idólatras, na presença do Oráculo.

Não éramos exatamente peripatéticos, porque estávamos sentados.

E nem gregos, porque tomávamos suco de goiaba.

Aqui se reproduzirão alguns conceitos e aforismos ali enunciados, sem que seja possível determinar exatamente quem disse o que: se o Mestre ou os seguidores.

– Como Dilma fará a transição do Governo Lula para o Governo dela ?

– Pode ser a consagração, mas pode dar muito errado. 

– O problema não é a transição. É o PT.

– É essa falsa opção entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo.

– O que torna a política nacional uma questãozinha provincial.

– O Alckmin. Você conhece o Alckmin ? Como é simplório.

– É essa a palavra.

– E o Serra ?

– Bem, esse é professor de Deus.

– Isso quando ele se dispõe a dar aula.

– O Fernando Henrique teve a intuição certa: o negócio deles é ir para classe média.

– É, mas só que eles não têm mais como se apresentar à classe média, nem ao povão. Eles ficaram com a cara da elite. E da elite de São Paulo.

– Não há mais liga entre eles e o povão. O Fernando Henrique pode saber onde fica a classe média. Mas a classe média não quer saber onde ele fica.

– Eles não têm biografia para chegar à classe média e dizer: sigam-me se forem brasileiros.

– Me diga aí uma coisa original que o Serra tenha dito em 40 anos de vida pública. Uma !

Silêncio.

Silêncio.

– Bom, tem os genéricos …

– Alto lá, isso foi do Jamil, do Jamil Haddad, do Itamar, que, coitado, morreu sem que reconhecessem o trabalho dele.

– O cara teve 40 milhões de votos, 40 milhões de votos, e não consegue ser presidente do Instituto do Partido dele.

– Dão pro Tasso.

– O Serra tem que se contentar com um Conselho, um diretório acadêmico.

– Mas, quem mandou fazer uma campanha que não tinha uma idéia ? Ele saiu da campanha de bolsa vazia – e cérebro vazio.

– Cérebro, não, esse saiu avariado com a bolinha.

– O problema é o cerco da mídia.

– A mídia é que estimula essa polarização entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo. É bom para ela.

– Só interessa à mídia e ao PT e PSDB de São Paulo. É uma ação entre amigos.

– Qual é a diferença entre o PT de São Paulo e o PSDB de São Paulo ?

– Qual é a diferença entre o Pagot e o Paulo Preto ?

– Não, estou falando em diferença de projeto, do que fazer pelo Brasil.

– Os tucanos de São Paulo não têm uma mísera idéia.

– E o Aécio caiu do cavalo com seis meses de exposição no palco federal.

– Era poeta estadual e a gente não sabia.

– Você sabe que tem político que se deslumbra. Que não pode ver um rico, um jatinho, adora ficar amigo dessa elite de … que tem no Brasil.

– Mas, o pior é que não eles não têm projeto. Não sabem o que fazer do Brasil.

– Estão há oito anos fora do poder e não produziram uma proposta.

– Vão ficar no moralismo da velha UDN.

– É, mas calma, porque o eleitor da Classe C, e o eleitor ainda mais pobre, ele é muito conservador, ele não quer saber de roubalheira, não, nem de impunidade.

– O eleitor cada vez exige mais. Ele está sabido como nunca.

– E não tem mais cabresto.

– Ele vai para onde quiser, vai por onde subir na vida mais rápido.

– Ele é louco por educação. E não é só educação. Ele quer se aprimorar, se aperfeiçoar.

– Tecnologia, meu querido. Dar tecnologia !

– Outra coisa, ele vai ser aliado dos governantes e exigir uma melhoria nos serviços públicos. Ele usa a saúde pública, a escola pública. Ele não tem dinheiro para plano de saúde, para escola particular. Então, meu amigo, trate de melhorar a escola, a saúde do seu município, do seu Estado.

– E não adianta ficar falando mal, dizer que está tudo errado.

– Não, senhor. Ele está vendo o progresso, ele melhorou de vida. Ele quer é ir em frente.

– Mas, e a Dilma, como vai ser a transição para o Governo dela ?

– Ela pode fazer o que quiser. Menos dar a impressão de que brigou com o Lula.

– Víííííxe !

Pano rápido.

Posted in MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , | Leave a Comment »

Reflexo do Governo Lula: Brasil conquista seu primeiro posto de relevo entre as organizações internacionais.

Posted by Liberdade Aqui! em 26/06/2011

DO VI O MUNDO

Carta Maior: A eleição de Graziano

GRAZIANO  É O NOVO DIRETOR-GERAL DA FAO

da Carta Maior

O ex-ministro do governo Lula, José Graziano da Silva, vence o adversário espanhol, Miguel Angel Moratinos, na disputa pela sucessão de Jacques Diouf, no comando da FAO, por 92 votos a 88. Brasil conquista seu primeiro posto de relevo entre as organizações internacionais.

Graziano era o candidato dos países pobres que lutam contra o subdesenvolvimento e o domínio neocolonial na América Latina e África. Não por acaso, pouco antes da votação, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, sem abrir o voto dos EUA, elogiou o candidato espanhol Miguel Angel Moratinos, porta-voz da Europa e dos interesses do Norte.

A vitória brasileira reposiciona o papel da FAO na política internacional. O que se espera agora é que um organismo renovado passe a ecoar, de fato,os interesses Sul-Sul,  sobretudo das nações latinoamericanas e africanas na luta pelo desenvolvimento, por segurança alimentar e  justiça social.

Graziano é um crítico da especulação financeira decorrente da desregulação do sistema bancário promovida pelo neoliberalismo. Ao contrário de seu adversário espanhol, em diversos pronunciamentos e artigos ele destacou a influência nefasta dos capitais especulativos na formação dos preços dos alimentos, gerando flutuações abruptas que asfixiam consumidores e produtores dos países pobres.

A vitória do ex-ministro e amigo pessoal de Lula certamente influenciará inclusive a trajetória do líder brasileiro, que trabalhou intensamente nos bastidores da campanha, em contatos com líderes e governantes, sobretudo da África e América Latina. Lula passa a ter na FAO, certamente,  uma âncora institucional para seus projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento e a luta contra a pobreza e a fome.

Para o governo Dilma, que se empenhou decididamente na eleição de Graziano, deslocando ministros e o chanceler Patriota a vários pontos do planeta, numa ação centralizada no Itamaraty, é um trunfo da competência brasileira na política externa. Ele reafirma o Brasil como líder de uma parte significativa dos países pobres, um interlocutor cada vez mais relevante da agenda do desenvolvimento no século 21.

(Carta Maior; Domingo, 26/06/ 2011)

Posted in ECONOMIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , , , | Leave a Comment »