LIBERDADE AQUI!

Um Espaço de Liberdade de Expressão

  • Liberdade Aqui!

  • Facebook

  • Censura nunca mais

  • Presidente Lula e Prof. Leandro

  • TWITTER

Posts Tagged ‘AMÉRICA LATINA’

AO SUL DA FRONTEIRA

Posted by Liberdade Aqui! em 05/06/2010

Do Bahia em Pauta

Filme de Oliver Stone mexe com política e imprensa e causa furor nos EUA e América Latina

Pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, e o diretor americano Oliver Stone se encontram em Brasília(Foto: Divulgação/ Roberto Stuckert Filho)

Stone e Dilma Rousseff: convergências

=======================================
ARTIGO DA SEMANA

AO SUL DA FRONTEIRA

Vitor Hugo Soares

Com lançamento nacional de “Ao sul da Fronteira” previsto para esta sexta-feira, 04, o mais recente filme de Oliver Stone chega às telas cercado de críticas e polêmica políticas, muito mais que de apreciações sobre o conteúdo e qualidades cinematográficas da fita. Aspectos, aliás, para os quais quase ninguém parece prestar atenção ou dar a mínima bola.

O furor “a favor e contra” é causado tanto pelo realizador norte-americano em si, como pelos personagens principais do documentário, que mexe, entre outros materiais explosivos, com o papel dos meios de comunicação nos Estados Unidos e na América Latina. O barulho se propaga rapidamente e alcança decibéis cada vez mais elevados: de Los Angeles a Nova Iorque, de Caracas a Cochabamba, de Buenos Aires a Córdoba, do Rio de Janeiro e São Paulo a Brasília.

Por um desses paradoxos difíceis de entender, praticamente tudo o que se imaginava iria acontecer em relação ao filme nacional “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto – monumental fracasso de público e crítica desde o lançamento – , parece ocorrer ao inverso agora com o filme de Stone, “Ao Sul da Fronteira” que desperta interesse e já motiva debates acalorados na imprensa e entre candidatos políticos do governo e oposição neste modorrento período da pré-campanha eleitoral.

Não é para menos. Nas entrevistas, de sua passagem pelo continente para lançamento do documentário, Stone não fala bem apenas de Hugo Chaves, derramando-se também em abraços, elogios e palavras de explícito apoio à ex-ministra Dilma Rousseff. Joga mais água fervente no caldeirão dos conflitos entre governo e oposição, com a imprensa no meio.

Uma fala de Stone sobre Dilma, em inglês, legendada e transformada em vídeo, multiplica acessos agora no You Tube, país e mundo afora. Nos ambientes mais restritos da propaganda na campanha da ex-ministra, já não é segredo que outro depoimento do cineasta foi especialmente gravado e reservado como peça de resistência de futuro programa de TV, na fase mais aguda da campanha, como parte do esforço petista de “dar uma cara internacional para Dilma”.

E assim segue Oliver Stone, como sempre, em sua larga trilha de polemista consumado – e bom propagandista de suas realizações, já se vê , principalmente quando mistura cinema e política. Quem não recorda do barulho mundial no lançamento do filme “JFK-A pergunta que não quer calar?”, que reconstitui o dramático assassinato do presidente John Kennedy, em Dallas? Foi assim igualmente em “Salvador, martírio de um povo”, sobre os movimentos guerrilheiros da América Central, também de 1986, como JFK.

O diretor de “Platoon” retoma em 2010 sua antiga receita. “Ao Sul da Fronteira ( South of the border”) é uma espécie de painel cinematográfico com dirigentes que respondem um questionário de perguntas as vezes obvias – tanto quanto os elogios do cineasta americano à candidata petista apoiada por Lula – , na tentativa de reverter a imagem errônea que o americano dos EUA em geral têm da América Latina, principalmente de seus políticos e governantes, segundo imagina o diretor.

É emblemática a cena de abertura de “Ao Sul da Fronteira”. Mostra a jornalista de um programa de televisão, nos Estados Unidos, que faz piada com um de seus colegas, diante de participantes do programa que dão risadas quando ela explica que confundiu “cacau” com “coca”, “porque não entendo nada de drogas”. Em seguida a estas primeiras imagens, Stone transporta suas câmeras para a Venezuela, e entrevista Hugo Chaves, que confessa: “todas as manhã faço meu desjejum com cacau”.

Na Bolívia, durante a sessão de lançamento do filme em um cinema de Cochabamba, é outra cena com Chaves que levanta o público. “You are a donkey, mister Bush (você é um burro, senhor Bush”), diz o presidente da Venezuela referindo-se ao então colega dos Estados Unidos. É a primeira das várias cenas “que arrancaram aplausos do público que ontem presenciou a premier nacional de Ao Sul da Fronteira”, informa um comentarista de “La Prensa”, presente ao lançamento festivo na Bolívia.

Stone viaja por este lado do continente. Desfilam opiniões de Cristina Kirchner, Evo Morales, Luis Inácio Lula da Silva, Rafael Correa e Fernando Lugo. É Cristina Kirchner quem diz a Stone que é a primeira vez que na América do Sul “os governantes se parecem com os governados”. Na conversa com o cineasta, a governante só se mostra e enérgica quando é consultada sobre quantos pares de sapatos tem a presidenta: “Você não perguntaria isso a um homem”, rebate Cristina.

Ainda assim nada parecido com o bafafá de dois anos atrás, quando, de passagem pela Argentina nos preparativos para o documentário, Stone definiu Eva Perón, a sagrada Evita dos peronistas, como “uma mistura de santa e prostituta”. Precisou sair às pressas da capital portenha.

Pelas bandas de cá, no entanto, parece que o maior furor se concentra nas reações às duras críticas de Stone sobre o papel dos meios de comunicação no continente, um dos assuntos mais polêmicos mostrados em “Ao sul da fronteira”. Na entrevista ao portal UOL, o realizador joga mais combustível na fogueira:

”No Brasil, na Venezuela. Na Argentina. Grandes cadeias, grandes famílias, eles são como as oligarquias. Eles são donos dos meios de comunicação, das emissoras de televisão. E eles os usam para interesses próprios. E eles mentem”, ataca o cineasta.

Tem mais, mas não conto. Quem quiser saber que vá ao cinema, até para desancar o filme “Ao Sul da Fronteira” e seu diretor. Com fatos e algum conhecimento de causa, naturalmente.

Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail:vitor_soares1@terra.com.br

Posted in CINEMA, MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , , , , , | Leave a Comment »

O BOM SENSO DE CLÁUDIO LEMBO

Posted by Liberdade Aqui! em 02/06/2010

Via blog do Nassif

Apesar de sempre ter se posicionado como de direita Cláudio Lembo merece o meu respeito. Nao me lembro de vê-lo participar de qualquer baixaria nesses longos anos de sua vida política, pelo menos explicitamente. A frase final de seu artigo me fez lembrar de um poema de Ferreira Gullar, que hoje recebeu um importante prêmio:

Nós, latino-americanos

Somos todos irmãos
mas não porque tenhamos
a mesma mãe e o mesmo pai:
temos é o mesmo parceiro
que nos trai. Somos todos irmãos
não porque dividamos
o mesmo teto e a mesma mesa:
divisamos a mesma espada
sobre nossa cabeça.

Somos todos irmãos
não porque tenhamos
o mesmo braço, o mesmo sobrenome:
temos um mesmo trajeto
de sanha e fome. Somos todos irmãos
não porque seja o mesmo sangue
que no corpo levamos:
o que é o mesmo é o modo
como o derramamos.

Ferreira Gullar

A América do Sul na voz do bom senso

Por A.L.Mirri

O velhinho Cláudio Lembo continua dando lições nos tucanos. O vale-tudo de José Serra não encontra respaldo entre os conservadores mais lúcidos.

Diálogo na América do Sul deve servir de exemplo diplomático

Claudio Lembo
De São Paulo

Os países desta América do Sul sempre foram desconsiderados no jogo político internacional. Alinhavam-se automaticamente a países centrais e abandonavam suas posições e interesses.

O fenômeno refletia a presença dominante de descendentes de europeus nos espaços privilegiados da administração pública. Entre os países hispanofalantes, os descendentes de espanhóis e os “criollos” eram dominantes.

Toda a política girava em torno de suas pessoas e, por elas, era dirigida. As nações indígenas eram marginalizadas e, quando possível, exterminadas. Ficavam submersas em zonas miseráveis e exploradas sem limites.

Por toda a América do Sul, as lutas populares foram intensas e dominadas por meio da força. Quando necessário, governos lançavam-se em guerras contra Estados vizinhos, na busca de um derivativo.

Com os conflitos exteriores, o nacionalismo tornava-se uma força incontrolável, mas frágil em termos de busca de soluções para as questões efetivas que atormentavam as populações.

Este mesmo nacionalismo frágil incentivou, muitas vezes, ódio contra o vizinho, mesmo que este se preserva em absoluta passividade. Ódios artificiais foram criados.

Argentinos e chilenos se enfrentaram. Peruanos e chilenos terçaram armas. Bolivianos e paraguaios combateram. Paraguaios e brasileiros lutaram. São algumas recordações melancólicas do passado desta América do Sul.

Alguns destes conflitos foram incentivados por poderosos interesses econômicos de empresas mineradoras ou transportadoras de produtos primários.

Outras vezes, os governos dos países desenvolvidos agiam mediante boicotes e violação de trados internacionais. Sempre mediante o uso da força ou da ameaça de seu uso contra os povos sul americanos.

As chancelarias europeias e muitos governantes do hemisfério norte procuravam na busca de efetiva dominação, lançar países contra países, tornando a América do Sul área de instabilidade.

Com a instabilidade surgia a insegurança e com esta a ausência de investimentos duradouros. Tudo era extrativismo de produtos primários com a utilização dos povos locais até a inanição.

Ditaduras perversas subjugavam as sociedades e vedavam qualquer espaço de participação as cadeias se encontravam repletas de adversários dos regimes ditatoriais.

Estes, por seu turno, obedeciam fielmente às diretrizes dos que contavam com interesses econômicos a serem protegidos contra os riscos da nacionalização das riquezas.

Surgiram os movimentos de democratização. Tardios, é verdade. Somente no passado Século XX, após regimes de extrema violência contra os direitos humanos, a situação começou a se alterar.

Com a queda das ditaduras, os povos sul americanos puderam dialogar sem preconceitos ou tolas concepções guerreiras ao estilo europeu. Os estrategistas já não examinavam cenários de futuros combates.

Os exércitos deixaram de se municiar prevendo futuros embates militares. Tratados comerciais substituíram acordos bélicos. As armas atômicas foram abandonadas, em acordo que honra a argentinos e brasileiros.

Pequenas rusgas comerciais são resolvidas em mesa de negociação, apesar de aparências enganadoras de profundo conflito. Os governantes da América do Sul apreenderam, com seus povos, a dialogar.

Este ambiente pode servir de exemplo para outras regiões. Os povos devem utilizar a diplomacia para afastar polêmicas profundas ou conflitos desnecessários.

A indústria da guerra é nefasta. A utilização da confrontação bélica, entre povos com os mesmos problemas e as mesmas origens, é no mínimo doentia.

Os países sul americanos devem continuar a operar reuniões continuas de seus lideres em organismos criados, neste espaço geográfico, com este objetivo. Nada de agressões verbais.

Estas não levam a nada. Só causaram transtornos no passado. Serviram àqueles que desejam dominar a América do Sul. Seu progresso, no entanto, exige união e ausência de quaisquer agressões.

Nosso sangue é comum.

Posted in CULTURA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , | Leave a Comment »

OLIVER STONE FALA O QUE É O PIG PARA O PIG

Posted by Liberdade Aqui! em 27/05/2010

Via Blog da Cidadania

FOLHA DE SÃO PAULO – 27/05/2010

OLIVER STONE DIZ QUE LULA NÃO DEVE CONFIAR EM ELOGIOS DE OBAMA

Oliver Stone

O cineasta americano Oliver Stone (“Platoon”, “JFK”, entre outros) chega ao Brasil na segunda, 31, para lançar “Ao Sul da Fronteira”, documentário sobre sete presidentes da América Latina – com destaque para o venezuelano Hugo Chávez, de quem é admirador. Por telefone, de seu escritório, em Los Angeles, Stone falou à coluna:

Folha – Como é Chávez?

Oliver Stone – Ele é muito acolhedor e amoroso. As notícias sobre ele nos EUA têm sido muito negativas, porque ele mudou as regras. Fez coisas que nenhum outro, exceto Fidel] Castro, havia feito. Ele tem feito coisas novas, assim como Nestor Kirchner na Argentina e Lula no Brasil. Como Cristina Kierchner diz no filme, as pessoas que estão no poder na América do Sul têm o semblante do povo que as elegeu. Hugo Chávez é um soldado e obviamente tem algumas das faolhas de um soldado. Lula é um sindicalista e tem algumas das falhas de um sindicalista. Mas ambos representam uma grande mudança. E eu espero que dê certo. Porque é o desejo de controlar o seu próprio destino, de ser levado a sério, de não ser ignorado.

O filme é pró-Chávez?

Não é pró-Chávez. Apenas mostra honestamente o que ele está fazendo e o que estão dizendo sobre ele. Não é um documentário longo que vai defender tudo, é uma “roadtrip”. Se fosse pró-Chávez, ele teria três horas a mais.

O presidente Hugo Chávez tenta controlar a mídia na Venezuela…
[Interrompendo] Não mesmo. 80% da mídia na Venezuela é privada, dirigida por ricos que falam mal do governo. Chávez brigou pela liberdade de expressão. Alguns canais e revistas convocaram greves e chamaram as pessoas para um golpe de Estado em 2002. Em meu país, se você fizer isso, sua licença [de TV] será retirada.

Há relatos de jornalistas sobre a pressão do governo.
Estou falando do que vi e ouvi. O governo respeita a liberdade de imprensa, exceto nos casos em que a mídia desrespeita a lei ou tenta um golpe. Aí as licenças das empresas de comunicação não são renovadas. A maioria das TVs do país é dirigida por lunáticos, caras de direita que perderam seu poder quando Chávez nacionalizou o petróleo. É uma das imprensas mais histéricas que já vi.

O sr. desaprova algo no governo de Chávez?
Ele comete erros assim como qualquer outro governo do mundo. Mas 75% votaram nele em 2006. Nos EUA, a votação de Obama não chegou nem perto. Você não tem ideia de quão pobre era a Venezuela antes de Chávez. Parte por causa do neoliberalismo praticado, inclusive, no seu país, o Brasil. Washington e o FMI não têm interesse, de coração, nas pessoas. Chávez, Lula, Kirchner, [o boliviano Evo] Morales têm. E pagam o preço sendo criticados por pessoas que têm dinheiro e controlam a mídia.

No filme, Lula diz que só quer ser tratado com igualdade. Ele está sendo?
Por quem?

Por líderes do mundo.
Não. Ele e os outros líderes da América do Sul ainda são ignorados. Eu admiro muito o Lula. Ele fez uma coisa nobre indo ao Irã. Ele está tentando manter a sanidade, manter suas posições. Os americanos e europeus acreditam que podem controlar o mundo. Lula representa uma terceira via, de quem não quer a guerra, um caminho fora dessa loucura. Os EUA costumam dizer que Chávez é a má esquerda e Lula, a boa. Isso é nonsense. Obama apoiou Lula até quando ele cruzou a linha.

Ele disse que Lula é “o cara”.
Eu não confiaria nos EUA. Os americanos sempre jogaram com os brasileiros desde que pudessem controlá-los. Apoiaram o golpe militar no país em 1964. O Brasil sempre esteve no bolso de trás dos EUA, mas agora eles têm que ser mais espertos. Sabem que não podem controlar o Brasil. E Lula é muito importante. Ele se dá com Chávez, com os Kirchner, e com a Colômbia, o Peru e o México, que são aliados dos Estados Unidos.

E Obama?
Nós estamos tentando. Ele é um homem racional, ético, mas faz parte de um grande sistema. Se ele não estivesse lá, estaria John McCain ou Sarah Palin. Você prefere eles? Eu não. Mas, em relação à América Latina, Obama está jogando o mesmo jogo. A reação americana ao golpe em Honduras foi típica.

O sr. vai fazer um documentário sobre o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad?
Não estou pensando nisso no momento. Houve um problema de comunicação. Eu quis fazer o filme, e ele [Ahmadinejad] não quis. Quando ele quis, eu estava fazendo o filme “W”, sobre George W. Bush. (LÍGIA MESQUITA)

“Obama apoiou Lula até quando ele cruzou a linha.”

“A maioria das TVs da Venezuela é dirigida por lunáticos de direita. É uma das imprensas mais histéricas que já vi.”
OLIVER STONE

Posted in CINEMA, MÍDIA, POLÍTICA | Etiquetado: , , , , , | Leave a Comment »